terça-feira, 17 de setembro de 2013



 Corn Snakes

Conhecendo o animal

As Corn Snakes ou cobras do milho, igualmente conhecidas como serpentes de rato vermelho (encontrados em milharais ou em armazenamentos de milho em grande quantidade) são grandes constritores, do gênero Pantherophis Guttatus. As espécies neste gênero, junto com o gênero Bogertophis e Senticolis, são de tamanho médio alimentando-se de roedoras ou pequenas aves. O dicionário do inglês de Oxford menciona este uso desde 1676. As corn snakes são encontradas em todos os estados do sudeste e centrais dos E.U.A. Sua natureza é dócil e relutante à mordida. Todas as serpentes, incluindo as corn snakes, foram perseguidas pelo homem pelo medo justificável, mas igualmente ignorante. A cobra do milho é um exemplo principal deste último caso, porque são mortas freqüentemente porque se assemelham a uma copperhead (uma espécie muito venosa).
Corn Snakes são muito tímidas, e geralmente mais ativas a noite, porém isto pode variar de acordo com a temperatura. Em regiões frias as cobras do milho hibernam durante o inverno. Mas em áreas mais quentes elas apenas diminuem seu metabolismo, assim sendo, desde que as serpentes são menos ativas igualmente precisam menos alimento. Durante o dia escondem-se freqüentemente sob a casca de árvore frouxa, abaixo dos registros, nas fendas das rochas, e buracos feitos por roedores onde procuraram por sua presa ou em lugares que proporcionem alimento em abundância. As corn snakes são montanhistas, capazes de escalar árvores de pinho verticais aderindo-se à superfície áspera da casca. Quando ameaçadas, as corn snake golpearão freqüentemente e repetidamente ao vibrar sua cauda. Na vegetação seca a vibração da cauda é similar ao som de um cascavel. Isto é suficiente para enganar alguns predadores (e seres humanos) em pensar que é uma cascavel. No primeiro caso, o predador é provável que desista de ameaçá-la. Entretanto, no segundo caso todo o ser humano bem provavelmente matará a serpente. As cobras do milho podem ser agressivas quando se sentem ameaçadas, podem igualmente ser muito dóceis em cativeiro, e mesmo uma cobra do milho selvagem pode tornar-se doméstica completamente rapidamente.
Mas quanto mais nós aprendermos sobre as serpentes, menos medo nós teremos, podendo assim apreciar sua beleza e utilidade. As corn snakes, outras serpentes de rato, e mesmo os copperheads são benéficas ao homem por serem predadores dos roedores, que podem espalhar doenças e causar danos as colheitas de alimento. O padrão atrativo, e cuidado comparativamente simples faz as Corn Snakes serpentes excelentes e populares como animal de estimação. No cativeiro, vivem aproximadamente 15 à 20 anos. Como todas as "serpentes de rato", as cobras do milho não são venenosas. De fato as corn snakes receberam este nome do devido aos fazendeiros que armazenaram seu milho colhido em galpões de madeira. Os ratos foram atraídos aos galpões pelo milho, e por sua vez, as corn snakes foram atraídas pelos roedores, sendo elas bastante apreciadas pelos fazendeiros. As serpentes de milho, como répteis e anfíbios geralmente, têm um metabolismo surpreendente que possa se operar a baixos níveis de oxigênio e de pressão sanguínea. Isto permite que sobrevivam a longos períodos em atmosferas esgotadas de oxigênio, sendo este o motivo porque afogar uma serpente não é eficaz. E mesmo o desconhecido é que os cientistas observaram sinais da consciência da cabeça de uma serpente por aproximadamente uma hora depois que a cabeça foi eliminada do descanso do corpo (decepada). Clifford Warwick discute-a em seu livro; Répteis: Mal Entendidos, maltratados e Mal Popularizados" (1990; Produções de Nower, Reino Unido). E eis porque uma serpente venenosa decapitada pode ainda morder. É também porque a decapitação é não somente ineficaz, mas completamente cruel para a serpente. Se um réptil ou um anfíbio precisar ser sacrificado por motivo de auto-defesa, a melhor maneira de sacrificar é uma destruição completa e rápida do cérebro; não sendo muito provável sofrer por muito tempo antes da morte. Misunderstood, Mistreated and Mass-Marketed" (1990; Nower Productions, UK).

Características

Uma Corn Snake adulta em média virá a ter aproximadamente 3 a 5 ft. ou seja, 1,20cm à 1.52cm em um período de aproximadamente quatro anos. Entretanto estão crescendo sempre. A corn snake mais longa registrada era de 6 ft. ou 1.83cm. Geralmente Corn Snakes de cativeiro obtém um tamanho maior do que as selvagens, devido a sua melhor alimentação e a melhor exposição climática. O padrão de cada serpente é como uma zebra ou uma impressão digital original àquela serpente. As cores vivas de vermelho, alaranjado, ou as manchas acastanhadas afiadas com preto e um cinzento ao fundo alaranjado tingido com amarelo, caracterizam o revestimento lustroso de uma corn snake adulta. Elas possuem geralmente 25 a 38 destas manchas dorsais com um número correspondente de manchas laterais. As manchas dorsais são geralmente mais largas ao longo da serpente. Há de 27 a 29 fileiras dorsais da escala em torno da circunferência da serpente no meio do corpo. As Corn Snakes engolem seu alimento inteiro, geralmente começando com a cabeça. Alimentam-se de pequenos roedores ou pequenos pássaros e seus ovos, que são o mesmo diâmetro, ou perto do mesmo diâmetro que a serpente. Costumam matar sua presa primeiramente mordendo para obter um aperto firme então se envolve rapidamente umas ou várias bobinas de seu corpo em torno de sua vítima, e espremendo-a firmemente para sufocar a presa. As serpentes de milho selvagens como a maioria de outras serpentes selvagens passam freqüentemente dias ou semanas entre refeições.
As Corn Snakes se reproduzem no início do verão (no Brasil Agosto/Setembro/Outubro). Elas são ovíparas, que significa que os embriões são gerados dentro dos ovos os quais são botados e chocados. As fêmeas colocam de 5 à 20 ovos em média, em pilhas da vegetação de deterioração, ou em outras posições onde há um suficiente calor e uma umidade para incubar os ovos. Os neonatos chocam em 1 a 2 meses.

Alimentação

Todas as serpentes são carnívoras, mas espécies diferentes possuem dietas bem distintas, que podem variar entre muitas espécies de animais. Nossa Corn Snake se alimenta basicamente de Ratos. Como criadores, as alimentamos com camundongos. Embora não possuam membros, as serpentes são caçadoras incríveis, agindo por meio da discrição, olfato ou velocidade. Todas devem engolir sua presa integralmente, sendo que esta costuma ser morta por ação do veneno da serpente ou por constrição, que é a maneira que a Corn Snake mata sua presa. Embora pequenas presas, como neonatos de camundongos, possam ser capturados e engolidos vivos, ratos adultos costumam oferecer uma resistência maior e lutar mais antes de se entregarem. Por isso, é necessário que a serpente mate estas presas antes de comê-las. A constrição consiste em que no momento do ataque, a serpente prende sua mandíbula no animal e enrolam seu corpo em volta da presa e apertam seus músculos, aplicando uma grande pressão, até que esta pare de respirar. A presa morre por asfixia e não por esmagamento. Corn Snakes são ótimas constritoras. Embora as várias espécies de cobras tenham métodos diferentes de encontrar e pegar a presa, todas comem basicamente do mesmo modo, incluindo nossa Corn Snake. Suas mandíbulas incrivelmente expansíveis possibilitam-lhes capturar animais de tamanho muito maior e engoli-los inteiros. Enquanto a mandíbula superior do homem é fundida ao crânio e, portanto imóvel, a mandíbula superior da cobra está ligada à caixa craniana através de músculos, ligamentos e tendões, o que permite mobilidade de frente para trás e de um lado para o outro. A mandíbula superior se liga à mandíbula inferior pelo osso quadrado, que funciona como uma dobradiça dupla de modo que a mandíbula inferior pode se deslocar, permitindo que a boca abra em até 150 graus. Além disso, os ossos que formam os lados das mandíbulas não estão fundidos na frente, como no queixo humano; em vez disso estão ligados pelo tecido muscular, permitindo que os lados se separem e movam independentemente uns dos outros. Toda essa flexibilidade é útil quando a cobra encontra uma presa maior do que a própria cabeça: a cabeça pode esticar para acomodar a presa. Quando a cobra está pronta para comer, ela abre a boca e começa a "andar" com sua mandíbula inferior em direção à presa, ao mesmo tempo em que os dentes curvados para trás seguram o animal (um lado da mandíbula puxa para dentro enquanto o outro se move para frente para dar a próxima mordida). A cobra molha completamente a presa com saliva e por fim a traciona para dentro do esôfago. A partir daí, usa seus músculos para simultaneamente esmagar a comida e empurrá-la mais para dentro do trato digestório, onde é digerida e os nutrientes resultantes absorvidos. Muita gente inventa demais, quer dar alimento diferenciado para a corn, mas acaba prejudicando o animal, alimento pra corn snake é CAMUNDONGO E PONTO!!! Às vezes um sprint de Mercol, tem gente por ai que dá tirinhas de frango ao animal, outros querem pegar filhotes de passarinhos no ninho, outros dão ovo... Se quiser suplementar seu animal você tem produtos que podem ser usados CONTROLADAMENTE, eu uso GLICOPAN pet e HEMOLITAN pet, como cada caso é um caso, recomendo consultar um veterinário especializado em répteis.



Problemas de Alimentação

Corn Snakes podem ter alguns problemas quanto à alimentação. Alguns dos motivos que levam a isto podem ser: 1- As serpentes não podem digerir o alimento se estão desidratadas. Se a pele em torno da garganta é enrugada ou se está “sobrando” pele na cauda, então ela está severamente desidratada. Talvez isto a leve a rejeitar o alimento.
2- O problema o mais comum é a serpente regurgitar. Alguns fatores podem levar a isto. A causa a mais comum é que o viveiro não está morno o bastante. A temperatura baixa (parcialmente congelado) do neonato ou a alta temperatura do mesmo (muito aquecido). Outra causa comum é que o camundongo é demasiado grande. As Corn Snakes têm o apetite que são às vezes maiores do que seus estômagos, isto também pode levar ela a regurgitar o alimento. As soluções óbvias a estes problemas são manter uma temperatura adequada (28 graus) e alimentá-las com camundongos ou neonatos menores dando um intervalo de 10 dias após a regurgitação, passados os 10 dias ofereça um neo ou rato com um terço do tamanho habitual.
3- Outro problema freqüentemente encontrado é a recusa da serpente em comer, comum nos filhotes. Ambas as causas acima podem ser a causa de sua serpente que não comer, e outra vez, as soluções são indicadas acima. Outra razão para uma Corn que não come é que está em um ciclo de acoplamento ou em um ciclo da hibernação (para serpentes adultas). Os machos especiais pararão de comer após ter saído de uma hibernação. As fêmeas pararão de comer se estão cheias dos ovos. Os machos e as fêmeas podem parar de alimentar-se se houver uma queda brusca na temperatura média de seu viveiro, ou se houve um declínio progressivo do comprimento do dia (bastante comum ocorrer com Corns selvagens). Eu não me preocuparia se uma Corn Snake adulta e saudável não comesse por uns vinte dias, e eu provavelmente começaria a me preocupar a partir de um mês. Já os filhotes podem não comer por razões naturais. A própria natureza já seleciona e controla o crescimento das populações de animais. Sendo que alguns já nasceram "para serem presas de outros" animais. Se você adquiriu uma filhote de Corn Snake que não só rejeita o alimento como foge dele pode ser o seu caso. Se for o caso, não há motivos para desespero. Entretanto sua Corn necessita de alguns cuidados a mais. Tente fazer um pequeno corte na cabeça do neonato, o cheiro do sangue pode atraí-la e fazer com que ela se alimente. Tente dar um neonato vivo ou agitá-lo em frente a ela para "chamar sua atenção". Se estes meios falharem, será necessário forçar a alimentação (isso só pode ser feito por pessoas com experiência ou por veterinário especializado em répteis). Após alguns meses a Corn Snake passa a se alimentar sozinha e normalmente, porém até lá deve ser alimentação deve ser forçada freqüentemente. com um pano ou toalha o viveiro também pode ser útil já que algumas Corn gostam de "privacidade" durante sua alimentação, podendo também diminuir ou tirar por completo a luz deixando-a juntamente com o alimento sozinha.
4- A última razão para que sua Corn não coma, são motivos de saúde que não será tratado neste tópico, mas em um tópico específico. As Corn Snakes filhotes podem recusar o alimento quando forem removido de um viveiro e colocado em um novo ou em um maior. Espere alguns dias e volte a oferecer o alimento.

Estrutura e crescimento

O comprimento das cobras varia de 1,20m a 1,50m, raramente ultrapassando isto. Centenas de minúsculas vértebras e costelas cobrem essa distância e se conectam umas às outras através de um sistema complexo de músculos, criando uma flexibilidade incomparável. Uma pele extremamente elástica se prende aos músculos e é coberta por escamas feitas de queratina, a mesma substância das nossas unhas. As escamas são produzidas pela epiderme, a camada externa da pele. À medida que a cobra cresce, o número e padrão das suas escamas permanecem o mesmo, embora a cobra troque suas escamas muitas vezes no curso da vida.
Ao contrário das pessoas, que descamam constantemente a pele gasta soltando minúsculos pedaços, as cobras trocam todas as suas escamas e a pele externa de uma vez só durante um processo chamado de troca de pele. Quando a pele e as escamas começam a ficar gastas pelo tempo e atrito, a epiderme começa a criar novas células para separar a pele velha da camada interna que está se desenvolvendo. As novas células se liquefazem, fazendo a camada externa amolecer. Quando a camada externa está pronta para cair, a cobra raspa as margens da sua boca contra uma superfície dura, como uma pedra, até que a camada externa comece a se enrolar ao redor da cabeça. Ela continua se raspando e rastejando até ficar completamente livre da pele morta. O processo de troca de pele, que leva cerca de 7 dias, podendo variar de acordo com a umidade e é repetido de tempos em tempos.
Como as pessoas, as cobras crescem rapidamente até atingirem a maturidade, o que pode levar de 2 a 4 anos, porém a partir de um ano e meio já podem se reproduzir se tiverem um bom desenvolvimento; contudo, seu crescimento, embora seja muito mais lento depois da maturidade, nunca pára. Esse é um fenômeno conhecido como crescimento interminável. Uma Corn Snake pode viver cerca de 12 a 15 anos, alguns criadores tem registros que chegam a cerca 20 anos.

Locomoção

A explicação sobre a agilidade das cobras são as centenas de vértebras e costelas que estão intimamente ligadas a sua locomoção. Chamamos esta união de escamas ventrais. Essas escamas retangulares especializadas cobrem a parte de baixo da cobra, correspondendo diretamente ao número de costelas. As margens de baixo das escamas ventrais funcionam como a superfície de um pneu, aderindo ao solo e fazendo a propulsão da cobra para frente. As serpentes têm quatro métodos de movimento.

Serpentino - esse movimento em forma de S, também conhecido como locomoção ondulatória, é usado pela maioria das cobras terrestres e aquáticas. Começando no pescoço, a cobra contrai seus músculos, impulsionando seu corpo de um lado para o outro, criando uma série de curvas. Na água esse movimento facilmente faz a propulsão da cobra para frente porque em cada contração ela empurra para trás parte do corpo d'água. Na terra, a cobra geralmente encontra pontos de resistência na superfície, como pedras, ramos ou saliências, usando suas escamas para empurrar todos os pontos de uma só vez, impulsionando-se para frente.

Ondulação lateral - em ambientes com poucos pontos de resistência, as cobras podem usar uma variação do movimento de serpentina para se locomover. Contraindo seus músculos e arremessando o corpo, elas criam uma forma de S que têm apenas dois pontos de contato com o solo; quando se impulsionam, movem-se lateralmente. Uma boa parte do corpo fica fora do solo enquanto ela se move.

Retilíneo - um método muito mais lento para movimentar-se é o estilo lagarta ou locomoção retilínea. Essa técnica também contrai o corpo em curvas, mas essas ondas são bem menores e se curvam para cima e para baixo, ao invés de para os lados. Quando uma cobra usa o movimento de lagarta, os topos de cada curva levantam acima do solo enquanto as escamas ventrais da base empurram o chão, criando um efeito encrespado similar a uma lagarta se movendo;

Sanfonado - os métodos anteriores funcionam bem para superfícies horizontais, mas as cobras escalam usando a técnica sanfonada. A cobra estende a cabeça e a frente do corpo ao longo da superfície vertical e então encontra um lugar para agarrar com suas escamas ventrais. Para conseguir se firmar bem, ela amontoa o meio do seu corpo em curvas apertadas que agarram a superfície ao mesmo tempo em que traciona a parte de trás para cima; ela então salta para frente para encontrar um novo local para agarrar com suas escamas.
Obs: As serpentes não adotam apenas uma maneira de locomoção, mas varia entre estas maneiras de acordo coma necessidade.

Manutenção e cuidados básicos com viveiros (terrarios)
Montando um viveiro


Corn Snakes não necessitam de viveiros grandes. Viveiros grandes podem estressar uma Corn Snake jovem e torná-la menos disposta à alimentação voluntária. Os tanques plásticos com as tampas removíveis que medem aproximadamente 35x18x22 centímetros são ideais para tais serpentes quando filhotes, ou até mesmo pequenos potes plásticos, mas devem ser mudados a um tanque ou caixa maior, ou preferivelmente, a um viveiro ou terrário, após aproximadamente um ano. Corn Snakes mais velhas apreciarão geralmente os viveros que medem de 80 cm à 1 metro de comprimento, permitindo que estiquem o corpo. Porém dependendo do tamanho e do número de outros artigos dentro do viveiro (pote de água, tocas, troncos e outros suportes naturais) você pode precisar de mais espaço. É aconselhável que pelo menos 30 a 40% do espaço deve ser deixados abertos, para que a serpente possa esticar-se para o suficiente para permitir que seus pulmões estendam ao comprimento cheio. Outra coisa a se considerar é a tampa. As serpentes de milho são muito conhecidas por sua habilidade de fugir, bastando apenas um pequeno espaço que caiba sua cabeça para que ela passe pela passagem ou empurre simplesmente o obstáculo e abra passagem para a fuga. Certifique-se de que sua tampa que caiba firmemente. Em caso de caixas plásticas podemos com uma faca quente furar a tampa para que sirva de respiro. Uma das experiências mais comuns com os proprietários novos de Corn Snakes é deixarem-na escapar!

Água

Para Corn Snake filhotes recomendam-se dar água de uma fonte limpa e se possível filtrada, porque na água da torneira encontramos com freqüência produtos químicos que podem se acumular nas serpentes novas e causar problemas gástricos e até mesmo a morte. O bebedouro de água deve ser reenchido diariamente, e limpo completamente pelo menos uma vez por semana. Este cuidado impedirá uma acumulação dos organismos bacterianos que podem ser prejudiciais à serpente e ao depositário. A bacia deve ser colocada na extremidade mais fresca do viveiro longe da fonte de calor (para o caso de se usar placa ou pedra aquecida). As serpentes de milho podem às vezes ser encontradas em seu recipiente de água, a razão principal para esta atitude é a refrigeração, especialmente durante os meses do verão. Outras razões para este comportamento podem ser que a serpente está carregada de ovos e está para botar sua vertente pré-natal, ou que a serpente esta tendo alguma dificuldade com a troca de pele. Se você observou que a serpente está atrasada em sua troca de pele, você pode ajudar a serpente dando-lhe um banho morno, este é realizado melhor tendo de 5cm de água morna (não quente) em uma caixa de armazenamento plástica e lentamente abaixando a serpente na água e deixando-a na caixa por 10 à 20 minutos. Porém muitos criadores não utilizam deste procedimento alegando que o mesmo pode estressar a serpente. Meu conselho é aumentar a umidade do viveiro borrifando água nas laterais e no substrato e até mesmo na serpente e deixando-a realizara troca de pele sozinha.
As Corn Snake bebem freqüentemente, assim sendo deve sempre ter aguá no bebedouro. A serpente pode usá-la para o banho ocasional. Entretanto se a serpente defeca no recipiente de água, deve ser limpa e desinfetas imediatamente.

Aquecimento

As serpentes são répteis “cold-blooded” ou de sangue frio e como todos os répteis e como tais não podem controlar sua própria temperatura do corpo, utilizando a temperatura do meio ambiente para regular sua temperatura corporal. As serpentes costumam manter sua temperatura movendo-se entre áreas mais mornas e mais frescas de seu viveiro. Por isso é importante manter o viveiro aquecido entre 26.7 a 29°C. O calor é exigido para a digestão apropriada e o funcionamento eficaz do sistema imunológico. O viveiro deve ser aquecido em uma de suas extremidades, quando a outra extremidade permanecer mais fresca (temperatura ambiente) sendo apropriada para o recipiente de água. Cavernas aquecidas também são bem aceitas pelas Corn Snakes. Em caso de aquecimento por lâmpada é indiferente o lado do recipiente, sendo que o aquecimento é uniforme e não focado em um dos lados. As serpentes de milho podem às vezes ser encontradas em torno de seu recipiente de água ou até mesmo dentro deles para regular sua temperatura corporal. Placas de aquecimento devem ser colocadas sob a caixa ou o vidro do viveiro, nunca dentro. Deve se tomar cuidado com pedras aquecidas que superaquecem e venham a queimar o animal. As serpentes não têm em seu tecido capacidade de reconhecer superfícies quentes de muito quentes, onde trará queimaduras. Podem-se utilizar lâmpadas incandescentes para o aquecimento com os devidos cuidados já explicados anteriormente.
Iluminação
As Corn Snakes não precisam de luz UV ou outro tipo de lâmpada (porém seu uso não é prejudicial), entretanto, permitindo a luz natural em seu cerco irá ajudá-la a manter seu pulso de disparo biológico. Se você decide usar a iluminação artificial, como aquecimento ou simplesmente como luz para o viveiro para estética, então se deve tomar algumas precauções. Use um termostato para regular a temperatura do viveiro. Se for utilizar lâmpada para aquecimento, então não devemos colocar outra fonte de calor como pedra aquecida ou placa de aquecimento. Caso a lâmpada fique na parte interior do viveiro, assegure-se de que tenha uma grade fina para proteger a lâmpada de qualquer contato que a serpente possa ter, e certifique que ela não consiga penetrar através da grade evitando assim que sua Corn Snake se queime na lâmpada quente. É igualmente importante desligar todas as luzes artificiais à noite (ou parte da noite) para coincidir preferivelmente com a luz solar natural, acontecendo então o ciclo noite-dia para a serpente. Caso seu viveiro não tenha contato com a luz do dia, use lâmpada para realizar artificialmente este ciclo noite-dia.

Substrato

O Substrato é o material inferior do viveiro (fundamento), pode ser bastante simples quando tratamos de Corn Snakes. Para Corn Snakes jovens muitos utilizam folhas de papel toalha ou o jornal como substrato, mas para o conforto da serpente assim como um olhar mais atraente, podemos utilizar alguns outros tipos de substratos. Substratos podem ser encontrados em boas lojas de animais de estimação. Como cascalho de madeira, por exemplo, bastante próprias para serpentes. As aparas de madeira de pinho, (como usado para criação de coelho) não devem ser usadas enquanto podem se tornar ácidos quando molhados. Nota: as aparas do cedro causam problemas respiratórios nas serpentes e não devem ser usados. O fundamento da espiga de milho (feito para pássaros) não deve ser usado, porque causa a secagem excessiva de tecidos cutâneos, e se engolido pode causar bloqueios intestinais sérios. Areia pode dificultar na manutenção da limpeza do viveiro e da serpente. Muitos gostam de usar grama sintética como substrato, o que alem de ser vistoso é de fácil limpeza. Um conselho é cortar 2 partes do tamanho do seu viveiro. Quando você remove uma parte para limpar (lavar), você pode colocar a outra parte, sendo que a primeira parte precisará secar. Quando utilizar cascalho ou outro material a granel como substrato não é necessário mais que 5 cm de altura no viveiro. Principalmente se por utilizar placa aquecida, sendo que uma grande quantidade de substrato bloquearia o calor da placa.

Reprodução


Pode-se pensar que não ter membros atrapalha a vida amorosa, mas não é o caso das cobras. Quando uma cobra fêmea está pronta para copular, ela começa a liberar um perfume especial (feromônio) das glândulas da pele que têm nas costas. Quando sai para sua rotina diária, ela deixa um rastro de odor à medida em que se impulsiona sobre os pontos de resistência do solo. Se um macho sexualmente maduro capta seu perfume, ele segue seu rastro até encontrá-la. A cobra macho começa a cortejar a fêmea, batendo com seu queixo na parte de trás da cabeça da fêmea, e rastejando sobre ela. Quando ela está desejosa, levanta a cauda. Nesse ponto, ele enrola sua cauda em torno da cauda dela para que a base de suas caudas se encontrem na cloaca (o ponto de saída para excreções e fluido reprodutivo). O macho insere seus dois órgãos sexuais, os hemipênis, que então se estendem e liberam esperma. O sexo das cobras geralmente dura uma hora, mas pode durar até um dia inteiro.
As Corn Snakes fêmeas se reproduzem uma vez por ano, geralmente no mês de Agosto ou aproximado; Corn Snakes são ovíparas (colocam ovos, cerca de 15 a 20); elas costumam botar seus ovos na parte mais quente e úmida do terrário. É necessário acompanhar a gestação da fêmea principalmente nos dias finais, para que sejam recolhidos os ovos assim que os mesmos forem botados. Muitas vezes por falta de lugar adequado, a fêmea pode botar seus ovos no bebedouro, o que fará com que se percam os ovos se não retirados imediatamente. Um pote com serragem ou musgo é perfeita para a desova.


Doenças

Para os criadores iniciantes e os que pretendem criar, não se assustem com estas doenças. Raramente acontecem, podendo ser bastante raro se você tiveres o devido cuidado com sua Corn Snake. Algumas medidas de prevenções são a freqüente limpeza, jamais deixar animais doentes junto com sadios, não utilizar como alimento animais coletados na natureza ou nas ruas. Não utilizar outras espécies animais como alimentação. Porém vale apena listarmos aqui algumas doenças infecciosas para termos conhecimento e sabermos identificar-las.

Desidratação

A desidratação é um problema que pode ocorrer com sua Corn Snake, geralmente ocorre em filhotes. Pode acontecer por falta de água ou pela serpente não beber frequentemente. As serpentes não podem digerir o alimento se estiverem desidratadas. Para diagnosticar a desidratação observe a pele em torno da garganta, se estiver enrugada ela está desidratada. Dê imediatamente água limpa a ela. Se além da pele enrugada no pescoço ela está com a pele “sobrando” na cauda, então ela está severamente desidratada. Você deve então levá-la a um veterinário o quanto antes. O tratamento adiantado é a melhor maneira de evitar mais tarde problemas sérios e caros.

Ácaros e outros parasitas

Os ectoparasitas e os ácaros podem igualmente ser fatais. A infestação pode ser tratada por você mesmo, mas se a serpente possui uma infestação severa você deve considerar a hipótese de um veterinário. Os ácaros aparecerão como pontos vermelhos, pretos, ou brancos rápidos e pequenos podendo mover-se na superfície da pele. A maneira mais segura de remover um ácaro é por meio de um banho morno e longo, em alguns centímetros de água e por alguns minutos, ou até você veja os ácaros sair e estarem afogados na água. Isto pode levar cerca de 20 min. à 1 hora. Pegue uma vasilha, coloque um pouco de água morna (Cuidado com a temperatura, água morna não queima e a em sua pele) permitindo que a serpente fique mergulhada por inteiro. Deixa alguns minutos dentro da vasilha, se necessário tampe-a deixando uma saída de ar e um espaço vago (não coloque água até a borda). Após isto você deve desinfetar a vasilha utilizada por completo.
Algumas infecções e doenças podem manifestar-se pelo muco que sai das narinas, causado geralmente por microorganismos existentes no viveiro. Tenha o cuidado de mantê-lo limpo e livre de fungos e formigas. Para mais informações e detalhes, leia o tópico sobre limpeza do viveiro.
Se sua Corn sempre regurgita após as refeições colete este material e leve-o a um veterinário especializado. Da mesma forma, se ela não tem digerido por completo o alimento e em suas fezes tiver partes do rato, colete este material e leve-o para o especialista. Isto pode ser causado por algum endoparasita.

Ferimentos na pele
Pode acontecer por falta de cuidados ferimentos na pele da serpente. Criadores inexperientes podem causar ferimentos na pele da cobra ao tentar uma alimentação forçada quando a serpente está no período de troca de pele. Pode ocorrer também por contado com superfície pontiaguda. Este ferimento será como um "rasgo" na pela da serpente. Deve-se procurar um veterinário em caso de perfuração ou mordida. Caso o ferimento não tiver profundidade e somente for um "rasgo" na pele o tratamento é bastante simples. Primeiro separe esta serpente de outras, deixando-a isolada em um pequeno recipiente, evitando que ela se mova muito. Coloque um pouco de musgo (Musgo especial para répteis) e molhe bastante, para manter uma alta umidade. Caso não encontre o musgo, use papel toalha e molhe-o constantemente. Não se esqueça de deixar um bebedouro com água limpa. Deixe uma fonte de calor bem próxima a ela para manter então uma temperatura alta. Não alimente sua serpente até que o ferimento tenha fechado. O ferimento irá fechar sozinho. Espere até a troca de pele, a nova pele irá ajudar na cicatrização e aos poucos a marca do ferimento sumirá.

Cloacoliths

A desidratação das serpentes prisioneiras (especial se de longa data) pode conduzir à secagem de excreções urinárias. Quando isto ocorre, as “pedras” do ácido úrico tendem a dar forma dentro da cloaca (“cloacoloths "). Sua presença nesta posição impede a expulsão de secreções (constipação), que cria esta doença séria. A desidratação é um sinal de doença, assim que se transforma a tarefa do veterinário determinar o problema subjacente que causou a desidratação. A "Cloacoliths" geralmente pode ser retirada manualmente, com paciência e a ajuda de óleo mineral. Somente um veterinário experiente deve tentar este procedimento.

Prolapsos

Um prolapso ocorre quando um órgão se inverte para fora e se projeta com a abertura externa usual desse órgão. Os prolapsos da cloaca e dos órgãos reprodutivos não são raros entre as serpentes prisioneiras. Frequentemente a causa não pode ser determinada. Durante a colocação de ovos pode precipitar os prolapsos ou relativos às pedras do ácido urico. As infecções parasíticas ou outras doenças intestinais podem igualmente conduzir às prolepsos. O auxílio veterinário é essencial e nestes casos tratar o prolapso e determinar a causa subjacente, se possível.

Troca de pele anormal

Ocorre quando a seqüência de eventos normal do processo de troca de pele for interrompida de algum modo. Isto conduz geralmente aos poucos a uma vertente e/ou a uns tampões retidos do olho. As causas incluem a doença interna séria, a umidade relativa inadequada, e ferimento precedente (que inclui a cirurgia) à pele e às escamas, parasitismo externo, falta dos objetos adequados de encontro a que para friccionar no início da vertente, e dos problemas da glândula de tiróide. Uma vertente anormal indica um problema que exija a atenção imediata. Nestes casos, considere todas as causas acima mencionadas e o auxílio do veterinário. O tratamento de uma serpente com pele retida de uma vertente anormal envolve primeiramente embeber a serpente na água morna (jamais água quente) por diversas horas. Uma toalha úmida pode então ser usada para descascar delicadamente fora fragmentos retidos da pele. Uma alternativa a este método manual envolve rolar a serpente confortavelmente em toalhas húmidas, permitindo que se rasteje para fora, deixando os fragmentos teimosos da pele para trás. Este procedimento pode ser repetido caso necessário.

Tampões retidos do olho

É uma frequente manifestação de uma troca de pele anormal. Os tampões do olho representam as camadas celulares ultra periféricas das córneas (as parcelas transparentes dos olhos), que são renovadas cada vez que as camadas ultra periféricas da pele são vertidas. Os tampões retidos devem primeiramente ser amaciados pela aplicação de uma pomada apropriada para o olho. Em seguida, um veterinário experiente deve tentar remover com cuidado os restos córneos. Um criador inexperiente nunca deve tentar este procedimento.

Cancro

Ocorre nas serpentes, mas o número de relatórios é muito limitado. Alguns tumores foram diagnosticados em serpentes vivas, mas a maioria foi diagnosticada na altura da autópsia. Como com mamíferos, os tumores das serpentes podem ser benignos ou malignos e originar de todo o órgão ou tecido do corpo, incluindo o sangue. Os constritores parecem ser afetados mais frequentemente pelo cancro do que outras serpentes mantidas geralmente no cativeiro. Esta observação, entretanto, pode ser o resultado do número desproporcionalmente grande de serpentes constritoras de criadores por causa de sua grande popularidade. É interessante notar, entretanto, que a maioria dos problemas que nós diagnosticamos nas serpentes envolveram constritores. Os criadores devem procurar ajuda veterinária quando um crescimento ou uma protuberância for detectado em suas serpentes (especialmente se for um constritor). As feridas que não se curam apesar do tratamento devem ser igualmente suspeito.

Falha do órgão

A falha da função do órgão vital pode ser o resultado do avanço da idade ou o cancro, mas é geralmente uma conseqüência de doença crônica e não verificado entre as serpentes em cativeiro. Doença que for detectada e não for tratada pode ter uma grande evolução, e às vezes, conseqüências fatais. Sob estas circunstâncias, a função do órgão é extremamente comprometida e o metabolismo é ameaçado. A desidratação e o acúmulo do ácido úrico dentro dos rins e possivelmente outros órgãos vitais mais adicionais complicam o retrato.

Podridão da boca (infecciosa ou estomatites ulceroso)

É uma infecção bacteriana progressiva que envolve o forro oral. Pode começar com aumento da salivação causando frequentes bolhas de saliva na boca. A inspeção próxima do forro oral revela áreas pontuais minúsculas do sangramento. O forro oral inflama cada vez mais e o pus começa a acumular dentro da boca, especialmente entre as fileiras dos dentes. Enquanto a doença progride, o osso subjacente torna-se contaminado e os dentes caem. Esta infecção deve ser reconhecida nas fases iniciais para invertê-la com sucesso. O criador deve procurar a ajuda veterinária logo que for detectado o problema. O veterinário pode querer coletar uma amostra de saliva / espécime do pus para que a cultura bacteriana e o teste antibiótico subseqüente da sensibilidade determinem os antibióticos apropriados a serem usados. Uma amostra de sangue pode igualmente ser coletada para avaliar exatamente o status interno e total do paciente. A podridão da boca é frequentemente uma manifestação externa de problemas internos mais sérios. O tratamento inicial envolve injeções das vitaminas A, do complexo C e B, assim como antibiótico. O cuidado diário ou duas vezes por dia a limpeza da boca, a aplicação de antibióticos tópicos, a administração dos líquidos para combater a desidratação e os efeitos prejudiciais possíveis de determinados antibióticos, e as alimentações forçadas periódicas. Geralmente, as serpentes com acumulações pesadas de pus e os ossos contaminados da maxila são pouco prováveis de se recuperar por completo, mesmo com esforços veterinários mais agressivos. Você deve estar alerta às fases iniciais da doença e caso tenha uma serpente infectada não deixe de periodicamente inspecionar a boca de outras serpentes que você tenha. (caso seja diagnosticada esta doença, mantenha o animal em absoluta quarentena, mantendo longe dos outros animais)

Infecções respiratórias

Podem ser causadas por infecções virais e podridão da boca. Alguma doença respiratória pode ser a conseqüência do substrato inadequado. Os sinais incluem a respiração, descarga, borbulhagem nas narinas ou na boca, tossir e abrir a boca para respirar. O demasiado e prolongada exposição às baixas temperaturas também podem levá-las a adquirir problemas deste tipo. (No Brasil as regiões Sul e Sudeste necessitam de um aquecimento eficaz). O tratamento deve ser por meio de um veterinário. Um exame de bactérias da traquéia e o teste antibiótico subseqüente devem ser empreendidos para se identificar às bactérias e os antibióticos apropriados para serem utilizados. O veterinário pode igualmente recomendar coletar uma amostra de sangue para determinar a extensão da doença e para ver se houve evolução até os órgãos internos. A terapia antibiótica deve ser por injeção e pode ser em longo prazo, especialmente em casos severos e de longa data. A terapia da inalação (vaporização ou nebulização) é empregada freqüentemente como parte do tratamento, porém dificilmente encontrado no Brasil.

Infecções por meio de fungos

Fungos podem causar infecções superficiais e profundas nas serpentes. A maior parte destas infecções envolve a pele e o sistema respiratório. As infecções dos olhos são mais provável de ocorrer nas serpentes abrigadas em ambientes úmidos e contaminadas por fungos. As serpentes devem ser abrigadas em viveiros limpos e secos. O revestimento deve ser de fácil limpeza como vidros ou plásticos e não deve ser de um material que incentive o crescimento fungos como a madeira por exemplo. Um veterinário deve examinar as serpentes que exibem problemas com sua pele ou olhos o mais cedo possível. Um exame microbiano e uma biópsia da pele podem ser necessários para obter um diagnóstico. O tratamento de doenças fungosas envolve o uso oral ou injetável de agentes anti-fungosos tópicos e sistemáticos. A prevenção da doença fungosa envolve corrigir problemas subjacentes com o viveiro, objetos e substratos.

Doença da bolha

É comum em répteis prisioneiros. É mais frequentemente associada com a manutenção destes animais em ambientes úmidos e sujos. O primeiro sinal é uma pequena mancha avermelhada ou rosada. Mais tarde, estas escalas tornam-se inchadas e contaminadas pelas bactérias e pelos fungos (bolha). Na primeira suspeita desta doença, você deve procurar a ajuda de um veterinário. O tratamento envolve o uso de antibióticos e injetáveis. Porém o saneamento e os problemas subjacentes da higiene devem ser corrigidos. A doença da bolha não ocorrerá se o viveiro em que as serpentes estão abrigadas for mantido seco e limpo.

Septicaemia

Uma grande variedade de bactérias pode causar infecções internas generalizadas (septicaemia). Estas bactérias podem invadir o corpo e criar feridas e abscessos atingindo o sistema respiratório, gastrointestinal e reprodutivo. Os sinais podem ser a letargia, a anorexia, a desidratação, e constante regurgitação do alimento digerido de maneira incompleta e o sangramento da pele. A ajuda de um veterinário experiente é essencial nestes casos. O veterinário pode realizar uma coleta o exame bacteriano e antibiótico, assim como umas ou várias amostras de sangue determinam exatamente a extensão da doença, mesmo se os vários órgãos internos estão envolvidos, e como meios de monitorar o progresso do paciente. O tratamento envolve o uso de antibióticos injetáveis e o cuidado apropriado (alimentação forçada e injeção de vitaminas). O tratamento geralmente é longo e os cuidados são essenciais a um resultado favorável.

Infecções virais

Nas serpentes, os vírus são extremamente difíceis de detectar e identificar. São igualmente difíceis e muitas vezes impossíveis de se tratar. As infecções virais conduzem aos crescimentos de tumores em muitas espécies de serpentes. Outros vírus podem causar doenças do sistema digestivo, respiratório e nervoso entre as serpentes. Um exemplo é uma encefalite viral recentemente reconhecida que afeta Pythons e constritores como a Corn Snake. As espécies afligidas exibem uma deterioração gradual do cérebro e morrem eventualmente. A maior parte dos vírus são altamente contagiosos. Os criadores devem estar cientes de isolar serpentes recentemente adquiridas 6-8 semanas das criações existentes. O motivo é que desconhecemos os métodos e cuidados do antigo criador. Isto envolve a isolação completa de serpentes novas e do exame minucioso cuidadoso durante este período para todos os sinais da doença. Caso não deseje levar sua nova serpente ao veterinário, examine-a de acordo com os sinais descritos nestes tópicos.

Observação: Dificilmente sua serpente adquirirá alguma doença ou infecção se tomar os devidos cuidados e prevenções quanto à higiene e detalhes neste guia mencionado...

Como encontrar uma corn snake que fugiu

Existem algumas formas de se encontrar uma Corn Snake que fugiu, porém nenhuma delas garante que você irá encontrá-la, tendo em vista que corns são rápidas na fuga. Primeiramente, quando detectar a fuga de uma corn snake, feche as portas de casa evitando que ela saia para o quintal ou entre em algum apartamento vizinho. Procure colocar panos molhados nas portas de saída para que ela não passe pela fresta e fuja (para o caso de filhotes) Existem algumas “técnicas” para se procurar uma corn snake. Certamente ela está escondida em algum lugar coberto. Procure em baixo de móveis tapetes e objetos. É necessário procurar em lugares já averiguados anteriormente, pois elas costumam se movimentar e não ficam estáticas. Se mesmo assim a fugitiva não houver sido encontrada, procure algum rastro de fezes, pode indicar o local ou cômodo que ela está. Você pode colocar fitas adesivas pelos cantos da casa, se ela “grudar” na armadilha você pode escutar ou buscar a sua serpente então presa. Outra dica é amarrar neonatos com uma linha e deixá-los preso a algum móvel. E pelos cantos da casa. Você precisa verificar freqüentemente se os mesmo ainda estão lá e se sua serpente comeu algum e está presa pela linha. Se estiver, apenas corte a linha. Não irá fazer mal a ela. Não puxe a linha ou tente tirar o neonato. Se você tem animais soltos em casa como cães ou gatos você precisa mantê-los longe do local onde sua serpente fugiu, talvez isolá-los por um tempo irá ajudar. Não perca as esperanças, a experiência de criadores mostra que algumas serpentes são encontradas semanas depois ou até mesmo meses. 

V


Vitalius sorocabae


Trata-se de uma espécie bem comum no hobby brasileiro. Ideal para os iniciantes por reunir atributos como docilidade, resistência, fácil reprodução e grande longevidade.

De tamanho médio, a
tinge aproximadamente 15 cm, 
possui a coloração marrom escura, quase negra, com cerdas levemente amareladas distribuídas ao longo do corpo sobretudo nas quelíceras. As fêmeas adultas possuem fortes marcações amarelas nas pernas gerando um lindo contraste com o fundo marrom / negro.

                              Fêmea Adulta de 4 anos.


Endêmica do interior do estado de São Paulo, h
abita áreas ecotonais, podendo ser encontrada em florestas de Mata Atlântica Semi Decidual estacional ou Cerrado . Trata-se de uma espécie cinantrópica  sendo facilmente encontrada em casas e sítios na região de Sorocaba, Itu, São Miguel Arcanjo e arredores.

Área de transição entre Floresta Estacional Semidecidual e Cerrado. (Sorocaba, SP)






HábitosTerrestre/Errante/ fossorial. Sobretudo fossorial, cava muito bem e constrói grandes galerias, eventualmente pode explorar o terrário.

Substrato: Terra vegetal misturada fibra de cocô. A quantidade de terra vegetal deve ser maior que a de fibra, possibilitando que a terra fique com "liga", já que trata-se de uma aranha de hábitos fossoriais. A profundidade do substrato deve ser de no minimo 15 cm para um individuo adulto.

Terrário: Utilizo para uma das minhas fêmeas um terrário de 40cm X 30cm X 30cm, essas medidas mostraram-se suficientes já que se trata de uma espécie que raramente explora o ambiente.

Temperamento: São conhecidas por serem geralmente calmas, no entanto, o temperamento varia muito de individuo para individuo.

Temperatura: A temperatura pode oscilar entre 20 a 28 graus.

Umidade: Em torno de 60 a 70%. Alguns criadores utilizam até 75%, no entanto suportam bem umidades mais baixas.

Reprodução: Fácil, em geral as fêmeas aceitam os machos com facilidade. As otecas demoram aproximadamente 2 meses para serem postas e entre 1 a 2 meses para eclodirem. De uma oteca normal eclodem aproximadamente 600 slings com torno de 0,4 mm. O crescimento dos slings é em geral lento se comparado com outros gêneros como Lasiodora ou Nhandu, no entanto mais veloz do que em espécies do mesmo gênero como Vitalius longisternalis ou Vitalius paranaensis.

Cópula.

Postura.
Eclosão.

 Dragão Barbado - Bearded Dragon




Ver ficha da espécie:
Pogona vitticeps

Esperança média de vida: 7 a 12 anos
Tamanho em adulto: pode atingir os 60 cm.

Dragão barbado e o seu habitat: Os Dragões Barbados são originários da Austrália. Os Pogona vitticeps (Dragão Barbado) que hoje podemos adquirir nas lojas são todos criados em cativeiro, isto porque as leis de proteção ambientais australianas proíbem a exportação das espécies nativas do seu território.





A primeira imagem contem uma mancha azul que mostra aproximadamente o território habitado por o Dragão Barbado, (norte / sul) alguns 1500 km (leste / oeste) cerca de 1000 km. Com a segunda imagem é possível ver temperaturas que se fazem sentir durante o dia no mesmo local.
Características Gerais: O Dragão Barbado é extremamente dócil e sociável pelo que tolera bastante o manuseio. Em adultos podem mesmo acomodar-se no seu ombro e fazer breves passeios. A melhor forma de pegar no animal é apoiando sempre a mão por baixo de modo que ele se sinta seguro. Nunca mostre medo do seu Dragão, avance para ele sempre com confiança, sinta que você é que domina e não deixe nunca essa situação se inverter.

Manuseie-o regularmente para que ele não deixe de se habituar a si, mostre-lhe que é inofensivo, uma boa técnica para conseguir fazer relaxar o Dragão é aquecer uma toalha e aproxima-la do Dragão, ele provavelmente acomodar-se-á nela, se for á noite é provável que o dragão adormeça. A sequência da imagem abaixo representada, mostra um procedimento que não deve ter, muitos donos optam por dar comida á boca ao Dragão, isto não é benéfico pelo que o Dragão poderá associar o dono á comida, e naturalmente vai sempre procurar a comida da mão do dono, pode mesmo morder pensado que o dono leva comida, o Dragão pode ainda ganhar o hábito de só se alimentar na presença do dono, ou ainda num caso extremo pode habituar-se a só comer quando o dono lhe dá a comida á boca.


 

Comunicação: Como já foi dito, os Dragões são dos répteis que mais toleram o contato humano, por vezes estes têm algumas atitudes de dominância, submissão e defesa, que é transmitida para nós através de uma linguagem muito própria e gestual.

Arm Waving (acenar)




Os Dragões por vezes fixam-se em três patas e utilizam a restante (dianteira) para fazer uma espécie de aceno, rodam a pata dianteira fazendo pequenos círculos no ar. Pensa-se que este comportamento signifique submissão, pois normalmente, os Dragões fazem isto após o manuseio ou em resposta a outros dragões de hierarquia superior.

Head bobbing (abanar a cabeça na vertical)
Este comportamento é mais típico nos macho e normalmente e acompanhado por um exibir da barba. Estes movimentos são feitos de modo rápido e brusco, ou seja, movimentam a cabeça para cima e para baixo rapidamente. Este movimento é mais acentuado na época de reprodução. Significa dominância, as fêmeas geralmente abanam a cabeça em sinal de submissão, os gestos são mais lentos, e não tem a mesma espontaneidade dos machos.

Subir para o dorso de outro Dragão
É mais um afirmar de hierarquia e dominância, deve-se ter atenção a este comportamento, pois se alojar um grupo de Dragões, no caso do empilhamento de vários, e Dragão que fica por baixo pode sufocar

Bufar
Este comportamento é próprio em vários répteis, tal como o exibir a barba, também pretende intimidar, podemos encarar este comportamento como um aviso.

Cauda levantada
O Dragão levanta bastante a cauda quando não se sente seguro, quando está desconfiado, caracteriza o estado de alerta nesta espécie. Esta atitude pode também ser testemunhada nas fêmeas na época de acasalamento, serve para mostrar ao macho que está pronta para acasalar.

Exibir a barba
Os Dragões exibem a barba, quando se sentem ameaçados, através da impulsão de um osso, esticam a pele da garganta que imediatamente fica preta, adotam assim um ar mais feroz para tentar intimidar.

Morder
Os Dragões são animais, portanto podem por vezes morder-se uns aos outros ou mesmo morder o seu dono, não devemos esquecer que são repteis e que existem sempre dias em que o Dragão pode estar mais temperamental, respeite-o, mas nunca mostre medo dele, é importante o Dragão perceber que quem domina é você.

Boca aberta
Todos os répteis são animais de sangue frio, logo necessitam de se regularem termicamente por vezes para o fazem necessitam de adotar este comportamento, é um comportamento semelhante aos de répteis de maior porte como os crocodilos. Serve para expelir o calor corporal que existe em excesso, se isto acontecer com frequência e ainda que o Dragão esteja debaixo do Basking spot, confirme as temperaturas, e se necessário baixe-as.

Fase e Morph
A fase é no fundo o padrão que distingue cada exemplar, os Dragões são dotados de diferente características físicas entre elas a sua coloração ou fase. Existem variadíssimas fases, daí ser impossível expor todas as fases neste documento. Em suma podemos dizer que é através da genética que se pode definir a fase. A ciência tem feito também manipulação genética com Dragões barbados, de forma a criar novas fases, a título de curiosidade deixo uma foto de um exemplo de manipulação genética num Dragão Barbado, um Dragão sem escamas. Deixo a opinião para ser tirada por si mesmo.

O esquema abaixo representado, contem algumas fotos que mostra as fases mais conhecidas.

 
Sandfire



Leucístico




Hypopastel



Sandfire Red
Normal





Hypo Amarelo




Sexagem
Os Dragões adultos são mais fáceis de sexar, pois os machos apresentam características bem diferentes das fêmeas, são mais largos, e tem a cabeça mais comprida. Contudo para ter a certeza do sexo do teu Dragão podemos observar as saliências que se encontram ligeiramente acima da colaça.



Macho


Fêmea









Para isso devemos segurar o Dragão na palma da mão com a sua cauda virada para nós, cuidadosamente levanta-nos a cauda do animal e examinamos a área logo acima da abertura ventral, estas saliências são perceptíveis a partir dos 3 meses de idade.

Criação: Neste ponto vou tocar muito ligeiramente, pois é necessário um conhecimento bastante elevado para se ter sucesso na reprodução, no entanto vou tentar tocar nos aspectos principais. Os machos atingem a maturidade sexual com cerca de um ano ao passo que as fêmeas só devem criar perto dos 2 anos de idade. Se os dragões estiverem bem de saúde basta junta-los (macho e fêmea) num espaço amplo, deve-se ter um local onde a fêmea possa deixar os ovos. A fêmea escava um buraco para por os ovos, depois deve recolhe-los e encuba-los.


















Terrários e Acessórios: Os Dragões Barbados podem ser alojados individualmente, em casais ou em grupos de fêmeas.

A composição do terrário deve fornecer um ambiente o mais confortável e parecido com o natural possível. Lembre-se que esta espécie tem a sua origem nos desertos australianos caracterizados por temperaturas elevadas e ambientes muito secas.

Recomendam-se como dimensões mínimas, as seguintes medidas (L x A x P):
Bebés - 50 cm x 31 cm x 25 cm
Juvenis - 60 cm x 60 cm x 30 cm
Adultos – 100 cm x 60 cm x 60 cm

Os Dragões, em contrario das cobras não estressam com muito espaço, por isso quanto mais espaço o Dragão tiver melhor é para ele, independentemente de ser bebé ou adulto. O terrário normalmente é construído em vidro ou em madeira, se for em madeira deve ter atenção para não escolher uma madeira tóxica.

Substratos: O papel de cozinha apresenta-se como a melhor solução para cobrir o fundo do terrário, pois além de não fazer mal ao animal, acaba por permitir um melhor controle visual da alimentação e defecação do Dragão. Dispondo também da grande vantagem de ser descartável e, portanto de fácil limpeza. Embora o papel seja a solução mais viável, acaba por ser pouco estético, por isso apresento mais duas soluções funcionais e mais estéticas do que esta.

Uma delas passa pela argila, cobrir o chão do terrário com argila e deixar secar, quando seca a argila abre fendas, que dará muita graça ao terrário, depois é só passar uma camada de verniz não tóxico, ou então de cola branca, para dar mais resistência á argila, este substrato pode ainda ser pintado desde que se utilizem tintas não tóxicas também.

Por fim a minha última sugestão passa pelas placas de xisto, estas placas podem ser distribuídas pelo fundo do terrário, se forem pequenas pedras em placas, podem ser coladas entre si, até formarem um “chão” sólido que em nada põem em risco a saúde do animal.

A areia é por vezes apresentada como uma solução, no entanto não aconselho totalmente esta opção, os Dragões são répteis muito curiosos e gostam de comer ou “bicar” tudo o que aparece, como a areia é um substrato solto, por vezes o Dragão ingere areia em demasia e acaba por morrer por impactação. Assim, é por isso desaconselhado o uso de qualquer tipo de substrato solto. Na imagem do lado é possível ver um dragão que morreu devido a esta causa, é possível ver uma massa sólida de areia armazenada no seu interior.




Aquecimento e Umidificação  O Dragão Barbado é um animal dum clima específico e diferente do clima que temos em Portugal, logo para manter um exemplar em cativeiro é necessário aumentar a temperatura para simular as temperaturas a que ele estaria sujeito se estivesse no seu meio ambiente. Portanto a temperatura ambiente diurna no lado quente do terrário deve estar entre os 32ºc e os 35ºc, no lado frio 25ºc, no Basking spot recomenda-se 40 ºc a temperatura noturna deverá estar entre os 18ºC e os 20ºc, já a umidade deve variar entre 10% e 30%.

Basking Spot é um foco de calor, pode ser conseguido através de uma lâmpada envolvida por um material cerâmico que tem como objectivo focar a luminosidade e calor produzido pela lâmpada, é aqui que o Dragão vai apanhar os seus banhos de sol.

As temperaturas podem ser conseguidas facilmente através de qualquer fonte de aquecimento, sendo mais comum o uso de lâmpadas de cerâmica, cabos ou tapetes de aquecimento. Qualquer um destes dispositivos deve estar ligado a um termóstato de modo a controlar facilmente os níveis de temperatura e o bom funcionamento dos meios de aquecimento. A potência destes dispositivos varia com a dimensão do terrário e com a temperatura ambiente. Deve ir sempre confirmando se as temperaturas estão de acordo com o estipulado, para isso pode usar os termômetros.

Se optar por utilizar lâmpadas de cerâmica opte por comprar também um bocal em cerâmica, pois os vulgares de plástico normalmente não aguentam a elevada temperatura e derretem. Nunca use pedras de aquecimento para répteis, estas podem provocar graves queimaduras no seu animal.




Ventilação




O terrário é uma barreira física que delimita o espaço, normalmente os terrários são feitos em madeira ou vidro, nunca devemos esquecer que este deve ter respiradores para que o ar que existe lá dentro seja renovado.

Se o terrário tiver mais que um respirador, estes devem estar desalinhados, de forma a evitar correntes de ar. Se o terrário for aberto por cima e uma vez que estes animais são exímios trepadores é preferível que tape o topo do terrário com uma rede permitindo assim a ventilação e impedindo o animal de sair.

Os respiradores devem ter orifícios pequenos de forma a não permitir que o Dragão passe por lá, ainda assim recomendo que sejam forrados com rede mosquitas para evitar que insectos indesejados entrem no terrário, como moscas e pequenos aranhiços.

Decoração






O aspecto visual tem mais importante para nós do que propriamente para o Dragão. No entanto há elementos que não devem ser dispensados.

Coloque sempre ramos que permite ao animal trepar, e assegure que estes alem de suportarem o peso, permitem que o Dragão esteja confortável acomodado em cima deles.

Deve também ter dois esconderijos, um em cada lado do terrário, e ainda podemos colocar algumas pedras ou plantas de plástico. Se o terrário for de vidro, ou transparente, deve-se sempre colocar um Background no terrário, pois alem de bonito é confortável para o Dragão, este vai sentir-se mais seguro.

Iluminação




Alem de ser necessário manter as temperaturas ideais, não devemos esquecer que estamos a falar de animais de sangue frio, e que necessitam da luz solar para o seu desenvolvimento, para simular o espectro solar existem alguns dispositivos, conhecidas por lâmpadas de uvb/uva, todas estas lâmpadas existem numa escala que varia, tentado simular os diferentes espectro solares que incidem no nosso planeta, o dispositivo que deve ser utilizado neste caso é a lâmpada Repti-glo 10.0 da Exo-terra.

O dispositivo deve ser colocado de modo a que o Dragão consiga chegar até 20 cm da lâmpada, mas que não consiga alcança-la, seria bom se se conseguisse criar um foco de luz . Estas lâmpadas devem ser substituídas de 6 em 6 meses, porque depois desta data já não consegue emitir o mesmo espectro.

Uma alternativa á lâmpada Repti-glo 10.0 poderá ser uma lâmpada Repti-glo 8.0, estas, existem compactas ou florescentes á semelhança das imagens das Repti-glo 10.0, no entanto a lâmpada repti-glo 10.0 é mais indicada para Dragões Barbados.

O Foto período deve ser de 14h dia/10h noite nos meses de verão e 12h/12h meses de inverno. Se esta lâmpada estiver ligada a um Temporizador, não será necessário ter que se preocupar em ter que acender e apagar a lâmpada, pois este fará o trabalho por si.

Alimentação: O Dragão Barbado é omnívoro e a sua dieta é constituída por insectos, vegetais e frutos. Um Dragão Barbado deve ser alimentado de 2 a 3 vezes por dia, principalmente enquanto são pequenos. Enquanto bebé a alimentação deve equilibrar-se entre 80 % insectos e 20% vegetais e frutas, á medida que este cresce as percentagens vão-se invertendo até atingir o estado adulto, onde a alimentação deve variar entre 80 % de vegetais e frutos e apenas 20% insectos.

No esquema abaixo representado temos uma lista de todos os alimentos que pode inserir na alimentação do seu Dragão. Em termos de alimentação insectívora, os grilos, baratas, ou gafanhotos, devem ser a base da alimentação, as larvas são gordas, logo devem ser dado como guloseima (há quem defenda que até aos 6 meses de idade os dragões devem comer tenébrio como base de alimentação). Os vegetais e frutos, deve-se ir variando e dar ao Dragão um pouco de tudo. Os pinkies são uma fonte de carne que poderá dar ao seu Dragão adulto, contudo não é essencial para a sua alimentação, se optar por dar, dê com pouca frequência.

O suplemento de Cálcio é essencial para o bom desenvolvimento do Dragão, assim recomenda-se que se borrife os insectos 2-3 vezes por semana para Dragões adultos e todos os dias para bebés.

Em relação á água  os Dragões não bebem água, eles retiram a água necessária dos alimentos, no entanto às vezes apreciam molhar-se para baixar a temperatura, por isso deve existir um recipiente com água dentro do terrário, que deve ser mudado regularmente e sempre que esteja sujo. Há uma regra que devemos ter sempre em conta, o tamanho do alimento nunca deve exceder a distância entre os dois olhos.

Nunca dê alface ao seu Dragão, alem de ser nutritivamente pobre, pode provocar diarreias.



Grilos



Baratas




Gafanhotos - Só para Dragões adultos ou semi-adultos



Tenébrio - Rico em gordura, deve ser dado apenas ocasionalmente.





Zophoba - Rico em gordura, deve ser dado apenas ocasionalmente. Deve cortar a cabeça da zophoba antes de dar ao animal, pois esta tem fortes mandíbulas e poderá ser perigoso para o Dragão, depois deste o ingerir.



Larva da Cera - Rico em gordura, deve ser dado apenas ocasionalmente.




Buffalo - Rico em gordura, deve ser dado apenas ocasionalmente.




Vegetais - Couve, salsa, trevos dente de leão, folhas de beterraba, feijão verde, pepino, cenoura, batata, brócolis e ervilhas.




Frutos - Banana, uva, morango, pêssego, pera, maçã, tâmaras  papaia, melão, kiwi e figos.




Pinkies - Devem ser dados só a adultos, com pouca frequência, pode ser até dispensável.



Suplementos de Cálcio - Deve borrifar os insectos com este suplemento todos os dias - enquanto o Dragão é pequeno - e 3 a 5 dias em adulto.





Segurança





1 - Para segurança do animal, as crianças devem ser sempre supervisionadas por adultos aquando da alimentação e manuseamento.
2 - Se o aquecimento for feito por lâmpada proteja sempre o equipamento ou coloque-o num ponto inatingível pelo Dragão, para que este nunca entre em contacto diretamente com ele.
3 - Tenha cuidado com o alimento vivo que existe dentro do terrário, no caso dos grilos evite deixa-los durante a noite com o Dragão, pois muitas vezes e devido á fome, os grilos mordem o Dragão enquanto este está inativo.
4 - Evite substratos soltos.
5 - Não utilize produtos tóxicos em nada que interaja com o Dragão.
6 - Certifique-se de que o terrário está bem ventilado.

Saúde e Higiene: Em caso de qualquer anomalia no comportamento ou aparência do animal, devemos consultar sempre um veterinário especialista em Répteis. Para evitar problemas, devemos:
1 - Ter atenção à ameaça dos parasitas.
2 - Manter um bom suplemento de cálcio.
3 - Proporcionar-lhe uma refrescadela através de um borrifador, sempre fora do terrário.
4 - Se estranhar algum comportamento no seu animal, como perda de apetite, respiração ruidosa ou outro, visite imediatamente um veterinário especialista em animais exóticos e répteis.
5 - Dê banho ao Dragão, para estimular a sua atividade intestinal e para manter afastados os parasitas, especialmente na altura da muda de pele, dê também um banho, isto vai amolecer a pele morta, e ajuda-la a sair.
6 - Limpeza pontual do terrário sempre que necessário, uma vez por semana é por norma suficiente.